Um
estudante, de 16 anos, afirma ter sido espancado por um policial do
raio após a partida entre Guarany e Ceará, no último domingo, em Sobral. De acordo com o adolescente, o caso aconteceu quando ele
voltava para casa na companhia de dois amigos.
Dentro
do estádio, as duas torcidas deram trabalho aos policiais. Dois
torcedores foram presos. Um do ceará, outro do Guarany. Eles
tentaram arrancar as faixas dos rivais. Do lado de fora os brigões
espalharam medo e terror nas ruas do entorno do Estádio do Junco. A
polícia teve bastante trabalho para conter os mais exaltados.
Na
manhã dessa terça-feira um estudante, de 16 anos, procurou a
delegacia de polícia civil e informou que foi agredido por um policial do
Raio. Ele teria sido espancado durante uma abordagem policial. O
adolescente, que é torcedor do Ceará, contou que foi abordado por quatro policiais. De acordo com o jovem, as agressões foram praticadas apenas por um deles. O menor, que carrega no rosto e no peito
as marcas do que parece ser um exemplo da força desnecessária da
polícia, não conseguiu identificar o nome do agressor.
“Eu
vinha do jogo, eles chegaram e mandaram eu botar as mãos na cabeça.
Eu estava na companhia de dois amigos. Assim que eu coloquei, ele
foi logo batendo. Eu sai correndo e entrei no mato”, afirmou o
rapaz, que apresentou um documento que comprova, que por causa das
agressões, precisou ficar em observação durante seis horas, no
Hospital Regional Norte, na noite do domingo, 23.
As
agressões, de acordo com o estudante, que pediu para não ser
identificado, aconteceram na Avenida John Sanford, em frente a escola
municipal Gerardo Rodrigues, na entrada do Bairro Terrenos Novos.
Na
delegacia municipal de polícia civil, o rapaz registrou um boletim de ocorrência e depois passou por exame de corpo de delito, no
instituto médico legal. A família do jovem quer que a polícia
investigue o caso e descubra quem foi o policial que espancou o
torcedor.
“Eu
vou até o fim em busca de justiça. Eu quero justiça”, disse a
mãe do estudante”, a comerciante Francisca Sousa.
Nesta
quarta-feira, nossa equipe foi até o terceiro batalhão da polícia
militar, em Sobral, para falar com o comandante do batalhão, o
coronel Sidney Moraes. Por meio da assessoria, o coronel Sidney
informou que estava em reunião e não quis comentar o caso.