Parte da população de Juazeiro do Norte quer mudar o nome da cidade
para 'Juazeiro de Padre Cícero' (Foto: André Teixeira/G1)
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Após nove anos o Vaticano
atendeu ao pedido do bispo Dom Fernando Panico e reconciliou o padre Cícero
Romão Batista com a igreja católica. Com a reconciliação, não há mais fatores
impeditivos para que o "santo popular" do interior do interior do
Ceará seja reabilitado, beatificado ou canonizado, segundo o chanceler da
diocese do Crato, Armando Lopes Rafael
Padre Cícero morreu sem conciliação com a igreja católico após o caso conhecido como "milagre da hóstia", no final do século XX. Segundo a crença popular, a hóstia dada por padre Cícero virou sangue na boca de uma beata. Segundo o bispo Dom Joaquim, o "santo popular", interpretou de forma equivocada a teologia e Bíblia.
Por conta dos
"equívocos", ele foi afastado da igreja católica, explica o
chanceler. "Com o perdão e reconciliação, fica entendido que padre Cícero
na verdade não errou. Todas as punições foram suspensas. A igreja entendeu que
a pregação de padre Cícero estava no caminho certo e por isso a devoção a ele
continuou crescendo durante todos esses anos", diz o chanceler Armando
Lopes.
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), utilizou as redes sociais para
comemorar a reconciliação de padre Cícero com a Igreja Católica.
Padre Cícero Romão Batista é
considerado "santo popular" para muitos fiéis católicos nordestinos.
Todos os anos, as romarias em homenagem a eles atraem cerca de dois milhões de
romeiros, segundo a Secretaria de Romaria e Turismo de Juazeiro do Norte.
O documento assinado pelo secretário de Estado do Vaticano cardeal Pietro Parolin relata que, a carta foi "redigida por expressa vontade de sua santidade o Papa Francisco, na esperança de que vossa excelência reverendíssima não deixará de apresentar à sua diocese e aos romeiros do padre Cícero a autêntica interpretação da mesma, procurando por todos os meios apoiar e promover a unidade de todos na mais autêntica comunhão eclesial e na dinâmica de uma evangelização que dê sempre e de maneira explicita o lugar central a Cristo”.
Armando Lopes Rafael afirma que a íntegra da carta do Vaticano, "um documento muito extenso", vai ser divulgada no domingo (20).
O documento assinado pelo secretário de Estado do Vaticano cardeal Pietro Parolin relata que, a carta foi "redigida por expressa vontade de sua santidade o Papa Francisco, na esperança de que vossa excelência reverendíssima não deixará de apresentar à sua diocese e aos romeiros do padre Cícero a autêntica interpretação da mesma, procurando por todos os meios apoiar e promover a unidade de todos na mais autêntica comunhão eclesial e na dinâmica de uma evangelização que dê sempre e de maneira explicita o lugar central a Cristo”.
Armando Lopes Rafael afirma que a íntegra da carta do Vaticano, "um documento muito extenso", vai ser divulgada no domingo (20).
Pedido de beatificação
Ainda segundo o chanceler da diocese do Crato, muitos fiéis "clamam" pela beatificação de padre Cícero. Com o perdão, o pedido de beatificação passa a ser permitido, mas ainda não é uma prioridade, segundo o chanceler.
"A maior parte dos fiéis
adora padre Cícero como um santo popular, independente da posição do Vaticano,
então ainda não pensamos em canonização, ainda não é uma prioridade, mas pode
vir a ser algum dia", diz.
Fonte: g1.com.br
Fonte: g1.com.br