Um Boletim de Ocorrência (B.O.)
foi registrado no 34º Distrito Policial, no Centro de Fortaleza, por uma
motorista da Uber. Juliana Marta de Oliveira afirma ter sido ameaçada e
constrangida por taxistas em frente ao Hospital Antônio Prudente, na Avenida Aguanambi, na noite desta quinta-feira (17). Ela também relata ter
sido cercada por veículos de taxistas e ligou para a Polícia para pedir ajuda.
A polícia orientou
que ela registrasse um BO com a queixa e a motorista se deslocou até o 34º
Distrito Policial. Com medo das ameaças, ligou para os colegas motoristas da
Uber para a acompanharem. Taxistas também se deslocaram até a delegacia para
acompanhar o caso e defender os colegas.
“Eu peguei um
casal de passageiros na Aldeota e me desloquei para o Hospital Antônio
Prudente. Chegando lá desembarquei os passageiros normalmente e no momento em
que eu estava arrumando minhas coisas veio um táxi pela esquerda e me fechou”,
afirma Juliana de Oliveira. Ela conta que outros táxis a cercaram e um dos
motoristas começou a filmá-la.
A motorista afirma
ter sido ameaçada verbalmente e constrangida. “Eles estão agindo como se fossem
autoridades, fazem emboscada para prender a gente e chamar a Etufor e AMC. Isso
é papel das autoridades, e não deles. Se eu não tivesse o apoio dos meus
colegas, se o Ronda não tivesse chegado eu não sei nem como é que eu estaria
agora”, disse ainda na delegacia, em entrevista ao programa
Barra Pesada, da TV Jangadeiro/SBT.
Já o taxista
Jéferson Batista falou em nome da categoria, afirmando que o taxista pedia para
ela não pegar nenhuma corrida pois estava em um ponto de táxi. “Era um
desrespeito, a gente acha uma afronta”, comenta.
A motorista Juliana de Oliveira também é
psicopedagoga, atuando por mais
de 25 anos na profissão, mas estava desempregada há mais de um ano quando
conheceu a Uber. Hoje sua única renda é através de seu trabalho
com o serviço da Uber. Ela pede para exercer seu trabalho livre de ameaças e que
a Prefeitura de Fortaleza regularize o serviço.
Fonte: Tribuna do Ceará
Em tempo
Fico chocado ao
ver como as pessoas podem perder o senso da legalidade quando acreditam estar
defendendo seus “supostos direitos”. A disputa entre taxistas e uber’s, pelo
visto, ainda vai longe. E tudo isso pela falta de sensibilidade dos envolvidos.
Na minha opinião
os taxistas precisam entender que as mudanças são inevitáveis e sempre virão. O
Uber é uma realidade em vários países e no Brasil não será diferente. Dos dois
lados dessa disputa existem pais e mães que querem apenas o direito de
trabalhar para poder sustentar suas famílias.
É importante lembrar que a prefeitura de cada município concede ao particular uma “autorização” para fazer o transporte de passageiros - são os taxistas. Pelo que compreendo uma simples autorização (que é precária, isto é, pode a qualquer tempo ser revogada) não significa direito subjetivo e exclusivo para realizar o transporte de passageiros.
É importante lembrar que a prefeitura de cada município concede ao particular uma “autorização” para fazer o transporte de passageiros - são os taxistas. Pelo que compreendo uma simples autorização (que é precária, isto é, pode a qualquer tempo ser revogada) não significa direito subjetivo e exclusivo para realizar o transporte de passageiros.
Muitos taxistas
pensam que são donos de vagas, outros tantos acreditam realmente nisso. Particularmente, defendo que esse equivoco é provocado pela inoperância do poder público que finge não ver a existência de um mercado em torno das vagas de taxi.
Vejamos, para exercerem a função, muitos motoristas compram de outros taxistas uma vaga a peso de ouro - o que lhes dá a falsa sensação de posse sobre a vaga. Não entendo como alguém pode vender uma autorização que lhe foi concedida pelo poder público, mas isso é o Brasil.
E quanto ao usuário do serviço, o que eles pensam? Bem, posso falar por mim mesmo. Penso que ao sair de casa para qualquer lugar, é uma decisão minha escolher como irei me deslocar. Posso ir a pé, em meu próprio carro, de ônibus, em uma carona amiga, de táxi ou com um Uber e por que não?
Vejamos, para exercerem a função, muitos motoristas compram de outros taxistas uma vaga a peso de ouro - o que lhes dá a falsa sensação de posse sobre a vaga. Não entendo como alguém pode vender uma autorização que lhe foi concedida pelo poder público, mas isso é o Brasil.
E quanto ao usuário do serviço, o que eles pensam? Bem, posso falar por mim mesmo. Penso que ao sair de casa para qualquer lugar, é uma decisão minha escolher como irei me deslocar. Posso ir a pé, em meu próprio carro, de ônibus, em uma carona amiga, de táxi ou com um Uber e por que não?
Afinal, possuo o
sagrado direito de escolha e gasto meu suado dinheiro com o serviço que mais me
agrada.
Quanto ao poder
público, é imprescindível que se manifeste o quanto antes, a fim de regularizar
o serviço do Uber e impedir que pais e mães de família se degladiem nas ruas em
uma luta que não tem razão de ser. Acredito que todos têm o direito de
trabalhar e que cada consumidor tem o direito de escolher o trabalho “de quem”
quer contratar.
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