A nova etapa da investigação sobre a chapa
Dilma-Temer, deflagrada nesta terça-feira, 27, pela Polícia Federal, mira
exclusivamente em aspectos eleitorais. A força-tarefa que rastreia supostas
fraudes e desvios de recursos na campanha de 2014 da petista e do peemedebista
queria estender a apuração para outros crimes, mas por determinação do ministro
Herman Benjamin - corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e
relator da Ação de Investigação Judicial Eleitoral que pede a cassação da chapa
-, a ofensiva nas gráficas e empresas subcontratadas não pode ir além do
aspecto eleitoral.
"Indefiro a realização de diligências que
ultrapassem o escopo estritamente eleitoral", decretou Benjamin.
O ministro destacou que "eventuais ilícitos
financeiros, tributários e de lavagem de capital devem ser apurados na via
própria, sobretudo quanto às repercussões penais".
Herman Benjamin alertou para o fato de que "a
realização das diligências na extensão sugerida acarretaria, por certo, a
dilação desarrazoada da tramitação processual, o que também contraria a
natureza desta Justiça Eleitoral".
No despacho em que autorizou a operação desta
terça, tendo como alvo a rede de pessoas jurídicas interligadas às gráficas, o
relator invocou relatório da força-tarefa e apontou para o trânsito de recursos
em grande monta na campanha.
"Justifica-se o aprofundamento das
circunstâncias identificadas na movimentação financeira de algumas das empresas
investigadas, especialmente às concernentes à aparente ausência de capacidade
operativa de subcontratadas e ao recebimento de elevados valores por pessoas
jurídicas e físicas sem justa causa demonstrada".
As diligências complementares do TSE estão sendo
executadas sob a supervisão do juiz auxiliar da Corregedoria-Geral Bruno César
Lorencini e com a coordenação de peritos da Corte eleitoral e apoio da Polícia
Federal.
Fonte: O Povo OnLine
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